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As empresas já perceberam que a sua eficácia está diretamente relacionada com a produtividade de seus colaboradores, que pode melhorar ou piorar dependendo da produtividade da equipe. Por isso, muitas pessoas se perguntam hoje se existe alguma fórmula para ser mais proveitoso. A boa notícia é que sim, existem várias técnicas de produtividade que podem ser colocadas em prática de acordo com a realidade de cada negócio. Mas, boa parte dessas técnicas é uma via mão dupla.
Isso quer dizer que de nada adianta, para os empresários, ficar esperando bons frutos dos funcionários sem fazer absolutamente nada por eles. Portanto, para manter seus colaboradores produzindo, está valendo tudo: vale-refeição, descontos em academias, shows, acordos com nutricionistas e psicólogos, palestras, ingressos de cinema e teatro, sessões de massagem, ginástica laboral… E, mais recentemente, a boa nova é que algumas startups estão adotando as “férias ilimitadas”, um recurso que não está previsto na Consolidação das Leis do Trabalho-CLT, mas que com certeza atrai muitos talentos em busca de emprego.
Vale lembrar que as leis trabalhistas brasileiras estipulam que o funcionário celetista tire, no máximo, 30 dias de férias; os quais devem ser avisados com, no mínimo, um mês de antecedência. Por sua vez, as empresas que permitem o descanso interminável trata o benefício sem limites, sem interrupções ou dias fixos. Tudo porque o que importa é o resultado, ou melhor, a produtividade da pessoa.
Organizações como a plataforma de streaming Netflix e o Grupo Kronos, por exemplo, já adotam a prática, ao invés de cartão de ponto e remuneração de acordo com dias trabalhados. E, segundo elas, a repercussão tem sido positiva.
Uma pesquisa global feita pela consultoria Gartner com mais de quatro mil profissionais mostra que, atualmente, 93% dos líderes de Recursos Humanos estão preocupados com o esgotamento dos funcionários. Então, indo na contramão dessa realidade, outorgar férias intermináveis é uma maneira de compreender os novos tempos, que exigem mais flexibilidade na jornada de trabalho, garantindo assim a atração e retenção dos talentos, e cuidando mais da saúde mental e física das pessoas e evitando afastamentos.
Na prática, a ideia não é atuar depois do cansaço ou das doenças surgirem e, sim, antes. É como diz o ditado: “melhor prevenir do que remediar”.
No ano passado, uma pesquisa da empresa Gattaz Health & Results, liderada pelo presidente do Conselho Diretor do Instituto de Psiquiatria da USP, Wagner Gattaz, apontou que 18% dos profissionais brasileiros, ou seja, 1 em cada 5, sofrem com o esgotamento profissional, também conhecido como “síndrome do burnout”. Ademais, 43% do universo dos pesquisados afirmaram ter sintomas depressivos e 24% apresentaram queixas de ansiedade.
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